No jardim é realeza, absoluta e soberana.
Nascida assim, simples com a beleza que emana.
Resguardada por escudo, tão temido espinho.
Jamais a tocou e a blinda com carinho.
Da rosa o espinho não tira o perfume
Nem a beleza natural nem a cor que assume.
Não a fere...
Não a despetala, nem
a esmaga.
É cúmplice até que ela se acaba.
Rainha do horto de alma aveludada
Nos lábios diversos cores orvalhadas
Sublime, formosa e encantada.
Broquel contra ávidas mãos, proteção.
Mesmo que a sangrem, não terá sido em vão.
O deslumbramento afaga a dor, consola o coração.
Raquel Ordones
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